quinta-feira, 6 de maio de 2010

Alma.

Pude notar desespero naqueles castanhos. Não era normal, estava triste e aquilo me desesperava. O que se passava com ela? Quais eram os motivos para manter, automaticamente, pupilas tão dilatadas? Parecia estar atenta. Era isso, atenta demais. Seus olhos eram capazes de embaçar minhas lentes. Em determinados momentos pensei que perderia a visão e a garota castanha sumiria, bem ali na minha frente.

Em auges do dia pensei em perguntá-la sobre o que estava acontecendo, mas em seguida, fitáva-me um olhar áspero e trancava os olhos, franzindo a testa, como quem diz “ Não se atreva.”

Definitivamente, algo estava errado.

13: 48 p.m. e a peguei me olhando. Isso! Fixamente. Piscávamos juntas e aquela sintonia me trouxe um arrepio funesto, como se tivesse percebido o quão curiosa eu estava e houvesse me transferido parte do que estava sentindo. O que era?! Cansaço, desespero e medo, foram o que consegui destinguir devido a rapidez do momento, mas certamente não acabava ali.

Levantou-se, guardou suas coisas e veio em minha direção. Pensei que fosse me levar com ela, mas passou direto.Fiquei nervosa. Ok, ela não podia me ver, mas sabia que eu estava ali, não era motivo para não ter ao menos se dirigido à mim.

Deveria ter voltado à força p’raquele corpo, mas ela estava tão corrompida que quis me salvar (de mim mesma).

3 comentários:

Anônimo disse...

As vezes não consigo me identificar, quanto mais salvar-me. É uma situação complicada e delicada. é.
Adorei o texto.

Julio César disse...

Beelo texto! gosstei muuito mesmo!

akaba de ganhar maais um seguidor :D

;*

camila souza. disse...

ee minha amiga canseriana, infelizmente não voltamos :/ ta tão foda !