segunda-feira, 24 de maio de 2010

Fear.


Descobri que sou portadora do medo excessivo, ainda que a intensidade da vida esteja em não possuí-lo. Medo de envelhecer, de perder alguém importante, de amar...De se expressar...Medo de ser novamente...Enfim, acredite, não é agradável ter seu interno lacrado e aprisionado, digo mais: Não é justo! Logo você que aprendeu a se lançar, num 'devagar proveitoso' de cada detalhe! Antes a nostalgia só se apresentava quando o corpo cansado se refugiava pela cama, hoje não. É pela manhã, tarde, noite, não interessando o lugar e menos ainda os ponteiros.

Hoje a rua estava estranha. Não queria olhar para os lados, pensei que alguém estivesse me seguindo por duas vezes. Andei de cabeça baixa e toda vez que me atrevia a levantá-la, cruzava meus olhos com algum outro olhar de condenação. Normalmente quando vivencio este tipo de situação, fico extremamente (mais) desastrada, esbarro nos outros, derrubo o que tiver por perto, não encontro o que procuro, me misturo pelos fios de cabelo. Completamente pálida eu estaria se não fosse a bendita maquilagem que me dá um ar mais saudável, mas a boca e os olhos inchados não mentiam tão bem quanto as maçãs. Parecia de outro mundo com aquele semblante vazio, braços cruzados e blusa de frio com gola, ainda que notasse todas aquelas criaturas transpirando. Alguém me explica por que há tanto perigo pelas minhas esquinas?

Escrever costumava me aliviar, eu até me encontrava, mas...Não desta vez...


(Nós tínhamos um combinado e eu não a vejo cumprir...)

Um comentário: