quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sem título.


Dormiu angustiada e acordou com a mesma impressão. O céu amanhecera nublado acompanhado de uma brisa tão gélida que até a espinha se estremeceu. Não sabia o por quê, mas deduziu que aquele dia supostamente a refletiria por dentro....Certeiro como uma flecha bem lançada! Carregada com três ou quatro gotas ''tóxico-venenosas'', suficientes para estrangular seus sentidos. Quis ir embora, dirigindo furiosamente o mais rápido que pudesse, rumo à lugar nenhum. Quando as pálpebras desciam, fazendo com que lágrimas ácidas percorressem seu rosto, era capaz de enxergar-se cravando as unhas numa Oliveira, daquelas antigas, cheias de lascas de madeira podre ou permitindo que algum louco esfregasse cactáceas lentamente por todas suas costas.

Fechar os olhos doía,

mas abrí-los e deparar-se com toda realidade cuspida e escarrada era ainda pior.
Aquela sensação era tão sincera, que o tempo inteiro pude notar sua pele ouriçada. Vezenquando pensava se realmente aquela dor cessaria e o que faria enquanto não acontecesse. Julgava-se intensa demais, até mesmo p'ra coisas infaustas e não era nenhum tipo de melodramatização, nem se quer precisava disto... O sol já estava quente meio às nuvens carregadas, mas preferiu continuar ali, sentada, com os olhos completamente profundos e o maxilar marcado, por trancar os dentes com tanta força. Controle.

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