terça-feira, 13 de abril de 2010

Célula humanóide.


Ontem pensei em sair do corpo, espairecer.Seria agradável cobrir-me de ar puro e límpido por alguma praça de outono. Outono gelado, em algum outro país. É, não gosto de frio, odeio casacos e nasci tropical, mas ele deixa as pessoas tão mais bonitas, tão mais pálidas e rosadas. Sou só eu ou normalmente acabamos relacionando sentimento à estações?

AMOR – PRIMAVERA. Paixão - verão . Preguiça - inverno
.
Outono ...Outono é...
Enfim...Outono.

Voragem de novas trilhas, todas místicas, todas entranhadas e exigindo o mesmo espaço. Se destroçam e me destroçam. Era de se esperar, vindo de alguém com manias tão singulares, nem sequer parece uma mulher. Mulher faz treze coisas de uma vez só e ela? Ela não. Se confunde, não sabe por onde começar, quer tudo de uma vez e acaba não fazendo nada. Será que as pessoas já pararam pra pensar o quanto um alguém desorganizado se prejudica? Quando estudamos autofagia, a expressão e as brincadeirinhas de quem descobre o significado são sempre as mesmas , como se fosse falta de noção, mas você acaba por fazer o mesmo que sua célula. Autofagia suas atividades, seus sentimentos, seu psicológico. A verdade é que a gente não pára pra pensar no que é buscar alimento em si mesmo e pior, não pára pra pensar no que é se alimentar dos outros. Daí não é mais autofagia, é agir como espécie qualquer de dementador de forma não intencional.

Nenhum comentário: