domingo, 4 de outubro de 2009

Quererzinho.

'—Isso é amor!
— Eu sei! Tem coisas... Tem coisas que ele escreve que parecem e que diz que...Não sei, parecem verdade, entende? Mas fica uma sensação incessante aqui dentro!Ele me toca, mexe comigo. É bom alguém prestar tanta atenção em mim...Mas..Mas.. Ah! Deixa pra lá...! E sua família como anda?!

Mais tarde ela chorou desesperadamente e sentiu o medo invadir o seu corpo. Olhou pra ele, pensou no passado, nas risadas, nos planos, nas conversas. Olhou pra si e o encontrou por lá. Já estavam intimamente ligados! E livrar-se disso, correr o mundo sem olhar pra trás não seria uma tarefa fácil. Ela sabia, entendia seus motivos. Mas também pensava nos dela. Nos motivos que a fizeram seguir por uma estrada diferente naquele momento. Era preciso. Chorava, soluçava, estava destruída por dentro. Tentou ligar, explicar tudo. Em vão. Sua voz calou-se. Seu coração gritava. E chorava, e chorava, e chorava....

Você sabe, eu não mentiria pra você. Basta que me veja e olhe em meus olhos para não ter dúvida: esse sentimento que surgiu - sem pedir licenças - é verdadeiro. Não mentiria pra você, mas também não tenho o direito de te dizer o que penso agora. Venha cá, chegue perto, me olhe e veja você mesmo, está tudo escrito nesses meus olhos castanhos. A vida é assim, prega peças comigo. Ao mesmo tempo em que me presenteia, ela me apunhala. Não colabore com esse lado negro dela, não fuja outra vez. Permaneça aqui. O que é verdadeiro e natural, não pode ser destruído assim. Tens meu carinho, minha amizade, meu querer bem.'

2 comentários:

Luiza de Oliveira disse...

velho, isso até que é bem familiar p'ra mim. You rule, Azeda!

Anônimo disse...

Muito bom!